Hoje é o Dia Mundial da Água. Vamos tomar uma aguardente para comemorar? São Pedro já andou festejando em cima do litoral norte de São Paulo e também em Teresópolis e Petrópolis no Rio. Pedrão não andou comemorando não, era passo bêbado mesmo, cambaleou, tropeçou, causou um estado de “umidade pública”, deixou essas cidades em "Estrago de Sítios"...
A gente nada, nada, nada num mar de tecnologia e concluímos que somos nada em frente a força e dependência nossa da Mãe Natureza. E quando tentamos a independência, lembramos daquele grito de D. Pedro I, mas com uma pequena diferença: “Independência E morte”...
A mesma água que mata a sede também mata. Sem querer, mas mata. Falando em mata, sem ela não teríamos Mata Atlântica, Florestas, Cerrados... Encerrados. Sim, quanta coisa ficaria terminada, arrasada sem a presença da água.
Nestes primeiros parágrafos sobre o dia mundial da H2O, deu pra se perceber que fiz uma brincadeira com a palavra água em frases de duplo sentido, como se fosse o Delta de um rio que se transforma em vários braços e a água toma vários sentidos. A água toma? Veja, até água toma!
Dedico este texto as cidades de Águas de Lindóia, Águas de São Pedro, Águas Claras. Dedico também a todas as cidades que começam com Rio: Rio Preto, Rio Claro, Rio de Janeiro... E também os Ribeirões, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, assim como os Riachos, enfim, um mar de cidades.
E ao lado segue um poema sobre este dia.
“H2O”
H2O
Agá dois água
Agá dois ó
Agá dois olhos
Agá dois olhos d’água
Agá dois olhos cheios d’água
Agá dói sem água
Líquido cheio de mágoa
Em ver que falta humildade
Com a umidade
Na chefia da cidade
Da administração da nação
Chovem Hidrogênios
Para nascentes enferrujadas
De ondas de corrupção
Mares de maracutaias
Rios sombrios de altos salários
Cachoeira de salafrários
H2O
Agá dois água
Agá dois ó
Agá dois olhos
Agá dois olhos d’água
Agá dois olhos cheios d’água
Agá dói sem água
Mauzinho 2013
