Eu vi quando as pessoas que estavam na minha frente disfarçaram e foram fazer outras coisas, ao invés de pegar o único prato a disposição na entrada do restaurante por quilo. Esquivaram-se, um a um, até chegar a minha vez. Eu também não peguei
Se um foi lavar as mãos, a outra foi apanhar os garfos e um terceiro foi o banheiro, por que eu seria o premiado? A mim restou a mesinha de aperitivos, com a batida de côco e caipirinhas. E vários copinhos plásticos. Ali era firmeza eu pegar o copo sem preocupação como: "Será que o copo foi lavado? E se alguém espirrou bem cima dos copinhos?"
Foi lá que me apoiei até que viessem os novos pratos. E espero, devidamente lavados.
O rapaz que foi ao banheiro voltou mas os pratos não. O cara deu meia volta, para secar melhor as mãos. A moça que foi apanhar os talheres, vendo somente aquele prato a disposição, se esqueceu do guardanapo. Voltou para apanhar, o mais lento possível. E o educado que estava na minha frente e foi lavar as mãos, esperto, continuou lavando.
É interessante como muita gente não tem coragem de pegar o primeiro prato da pilha. Se eu fosse dono de um restaurante por quilo, certamente aprontaria das minhas. Colocaria um prato todo azul, com uma indicação: "Este prato pertenceu a Roberto Carlos". Deixaria em destaque, o primeiro da fila.
Comparo pegar o primeiro prato da pilha num "Self-Service" a pegar a última azeitona da porção do boteco. Decisão dificílima...
Mas quem é consciente, no caso de ter somente dois pratos disponíveis, não pega nem o de cima e nem o de baixo. Fica numa dúvida tremenda, pois não tem como pegar o que está debaixo e nem o de cima.
E não é que nestas condições, tudo muda: "Os primeiros serão os últimos"...
Mauzinho 2012
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