domingo, 16 de setembro de 2012

Interrompemos o "Água Crônica" para o horário eleitoral de grátis!

Olá, queridos "Aquáticus Cronikus", nome científico de meus seguidores e visitantes deste blog Água Crônica que nem a elite da ciência mundial consegue explicar a origem dos textos, a nascente destas águas literárias. O texto desta semana na seca São Paulo (espero que fique molhada nestes próximos dias, senão, nem o bicho vai conseguir pegar de tanta secura e poluição) é do aquário aí em cima de nome "Água de Licheiro". Falar em lixeiro, tem a ver sim com aquela campanha famosa do Jânio Quadros, "Varre, varre, varre vassourinha...". Taí uma boa opção na hora do horário político: Dar uma navegada no "Água Crônica", afinal de contas, "Candidatura por candidatura dê um voto nesta literatura..." Boa leitura, amantes da cultura!


"Era um Domingão... E tinha muito sol...".



Maritacas cantando. Cantando não, fazendo algazarra mesmo, e das boas. Junte isto ao canto dos sabiás e dos bem-te-vis mais as crianças do vizinho andando de bicicleta. Isso tudo bem antes do meu despertador tocar naquele Domingo ensolarado. Que bom levantar sem aquele barulho chato, irritante e assustador como o horário eleitoral! Depois de um banho caprichado, tomo um café nem tão caprichado assim, afinal, para onde eu estava indo naquela linda manhã de Domingo também estariam me servindo um café da manhã. A roupa de Domingo, a chave de casa, a garrafa pet de água mineral, minha carteira, enfim, tudo preparado para sair ás sete e trinta da madrugada do "Dia de Descanso", inclusive o mais importante desta jornada, aquele papel fundamental que coloquei no bolso.

Fui caminhando, observando atletas com suas bicicletas, o engravatado com seu livro sagrado, ciclistas e maratonistas fazendo uso de suas pistas, o totó e a empregada que levava o cãozinho para uma bela cagada, a família num carro bem chique para fazer um piquenique e eu, lembrando na mente que tenho em minha calça, aquele bendito papel no meu bolso da frente. A cada quarteirão colocava a mão no bolso. Não! Não podia perdê-lo de jeito algum. Dez minutos de caminhada e paro diante da escola onde concluí o ensino fundamental, a "Escola Estadual de Primeiro Grau". O nome dela? "Professor Pedro Voss"(Rogai por nós professores). Lembrei-me do apelido que dei á escola.

- Queimadura de primeiro grau "Inferninho Peido Voz!"

A estrutura permanecia quase inalterada nestes trinta anos que se passaram desde que concluí o ensino fundamental(e elementar meu caro Uálter). Engraçado como sempre passo aqui em frente pelo menos uma vez por semana e não reparo em certas mudanças, como a nova quadra, agora coberta, porém, menos arborizada. O portão estava escancarado e fui logo entrando, sem antes colocar a mão no bolso para conferir se continha o papel de suma importância e me apresentei ao porteiro;

- Bom dia!

- É sua primeira vez com mesário?

- Primeira e última.!Mas vou fazer uso do meu título de eleitor, minha arma obsoleta que nunca acerta ao alvo certo.

- Sua seção é a 312. Bom trabalho como mesário.

Subi pelas escadas para observar melhor a escola que estudei quando moço o ensino fundamental, sem me esquecer de conferir o papel no bolso, que era o essencial. Pisei na zona eleitoral.

A presidenta daquela zona eleitoral me recebe com uma pergunta primordial:

- Trouxe o vale café?

Saquei o papel do bolso e o entreguei para a presidenta da zona eleitoral:

- E você acha que eu esqueceria o mais importante:
"Vou deixar de tomar um café na zona!"

Mauzinho 2012

3 comentários:

  1. Boa crônica, eu gostaria que ela fosse um pouco mais longa...
    bel

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  2. Mas Bel, se for mais longo vai ultrapassar o limite de tempo do horário eleitoral...

    bjs,

    Mauzinho

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  3. rs...nem me incomodo e ainda dou "graças"...rs
    beijos

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