terça-feira, 23 de outubro de 2012

Piquenique Muito Louco!

Aquáticos, muito do que eu coloquei nesta crônica aconteceu mesmo. O casal que aparece no final do texto foi uma das veracidades. É praticamente um Conto de Fod... Ops! Quer dizer, um Conto de Fadas! Divirtam-se com mais essa pérola!




“Piquenique Muito Louco!”

 
 
 
 
Frango assado, farofa, batatas fritas. A salada era de tomate e rabanete. Bebidas: pinga e cerveja. Pouco depois do meio-dia, eu e minha turma estávamos sentados no Quiosque Jequitibá, dentro do Parque Alfredo Volpi, no Morumbi. Cada qual contando vantagens sobre o prato que trouxeram.
Em cima de uma mesa comprida de madeira colocamos a toalha e os talheres e pratos de plástico.
Violões, cantorias e os aperitivos devidamente servidos, nós começamos oficialmente o piquenique em meia hora.
A descontração de José Pinto Souto, as indiretas cortantes de Maria Ferrão, a felicidade de Felismina, a dureza de Norma Rocha, os mistérios de Inácio das Trevas, enfim, grandes amigos reunidos pelo facebook. Nem vou colocar suas fotos nesta crônica por causa do contraste com as belas imagens do parque.
 
 
 
Eu nem tinha começado a almoçar de verdade e devido ao consumo elevado de cerveja, fui até o banheiro. A distância do quiosque ao banheiro era grande o que fez a vontade de “tirar a água do joelho” aumentar até o estágio “urgência”!
Todas aquelas árvores no meio da trilha me lembraram que na geração anterior eu fui um vira-lata. Caminhei um pouco mais para dentro da mata atlântica preservada do parque e escolhi uma árvore para“batizar”...
 
 
- O quê? Não é possível! A árvore esta cruzando as pernas para mim?
Esfreguei os olhos e dei uma nova espiada para cima enquanto batizava o caule... A espiada virou piada...
- Quem diria que minha urina tivesse tantos poderes assim? A árvore cruzando as pernas para mim!
Escutei uma voz:
- “Ei, Mauzinho... Que xixi quentinho!...”
- O quê?
- “Estava precisando de uma boa regada...”
Já soube de gente que viu urso, leão, cobra, dinossauro quando estava fazendo piquenique, mas uma árvore cruzando as pernas enquanto você urinava?
- “Ei, Mauzinho... Não vá embora...”
- Mas eu preciso voltar ao piquenique.
- “Deixa pra lá o piquenique, venha aqui me dar um abraço, bater o pique, brincar de esconde-esconde...”
- Tá bom, eu vou abraçá-la, mas só um pouquinho.
- (...)
- Até que é bem gostoso abraçar você hein?
- “Gostou? Que tal dar uma trepada?”
- Sabe o que é Dona... Dona... Como é mesmo seu nome?
- “Jequitibá –Rosa... Vamos? Só uma trepadinha?”
- Sabe Rosinha, eu tomei muita cerveja e acho que subir agora não será possível. Posso até subir um pouquinho, mas a queda vai ser inevitável. Além do mais, os galhos mais pertos só estão lá na sua copa? Olha Rosinha, acho que o Sêo Jequitibá está traindo você. Como tem galho lá no alto?
- “Rá, rá, rá... Mauzinho você é muito engraçado...”
- Gostei também de você, Rosinha, apesar de ser um pouco fresca...
- “Você tem que ir embora né? Faz assim, pegue esta trilha menor para cortar caminho. Apareça quando quiser aqui no Parque Alfredo Volpi, estarei dando bandeira, bandeirinhas, sempre aqui, no mesmo lugar, não vou sair daqui até você voltar...”
- Prazer Rosinha! Se não fosse a cerveja e o trauma que tive no passado com o “Pau de Sebo” nas festas juninas eu teria trepado!
Peguei aquela trilha que a árvore falou. Meia hora e nada do Quiosque dos Jequitibás...
- Lógico! Rosinha fez de propósito! Só porque não quis trepar, ela me indicou um caminho errado. E agora?
Foi quando de dentro da mata, assim, sem mais nem menos, aparece um casal de outra época, personagens de muitos e muitos anos atrás...
- Rapunzel e Don Juan? Não, o cabelo dela não era tão comprido assim. Apesar de que tinha rabanete na salada do piquenique. Romeu e Julieta? Sim, o pessoal do piquenique já deve estar na sobremesa, no queijo branco com goiabada cascão e tá faltando pouco para eu ver o Cebolinha, a Mônica e o próprio Mauricio de Souza perambulando por aqui... Deve ser miragem devido à fome e o efeito da mistura de fermentado com destilado. Por outro lado:
- Ei Mauzinho!
 
“Eles estão falando comigo? Então não é efeito da cerveja!”
- Pois não? Em que época eu estou? Napoleão já descobriu a América? Cadê o cavalo branco?
O cara vestido de príncipe então falou:
- Mauzinho, nós apenas estamos perdidos? É que pegamos uma trilha errada ao voltar do banheiro e precisamos encontrar o nosso pessoal na área de piquenique...
- Ahaaaááá! Vocês também foram “regar”os Jequitibás? E aí? Comeu a Rosinha?
Mauzinho 2012

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